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A COVID 19 e o impacto no desenvolvimento infantil


Em Janeiro de 2022, saiu o primeiro artigo sobre o impacto da Covid 19 no desenvolvimento infantil.

Será mesmo que a pandemia está moldando e mudando o cérebro dos nossos chamados "bebes de pandemia?"

E a resposta é: SIM! Os bebês nascidos durante a pandemia pontuaram menos em testes de habilidades motoras grossas, motoras finas e de comunicação em comparação com aqueles nascidos antes dela (ambos os grupos foram avaliados por seus pais usando um questionário estabelecido) Não importava se seus pais biológicos haviam sido infectados com o vírus ou não, parece haver algo relacionado ao ambiente da própria pandemia e não com a presença da infecção dentro de casa.

Além disso, pesquisas preliminares sugerem que o estresse relacionado à pandemia durante a gravidez pode estar afetando negativamente o desenvolvimento cerebral fetal em algumas crianças. O fato é que para nós fonoaudiólogos, triagens dentro de escolas sempre foram muito importante para que pudéssemos rastrear o maior numero de crianças com atrasos de fala e de linguagem, principalmente dentro de escolas publicas para que juntos com o apoio da escola e da rede, consigamos mudar o curso de desenvolvimento dessas crianças e Impactar positivamente os seus futuros. Esse desafio agora está ainda maior!Tal como acontece com muitos aspectos da saúde durante a pandemia, as disparidades sociais e econômicas têm um papel claro em quem é mais afetado. De acordo com essa pesquisas, crianças de baixas renda e meninos foram os mais prejudicados e que encontram mais atrasos.

Alguns bebês nascidos nos últimos dois anos podem estar passando por atrasos no desenvolvimento, enquanto outros poderiam ter prosperado, se os cuidadores estivessem em casa por tempos maiores mediando as interações e se houvesse mais oportunidades para os irmãos interagirem.

Os primeiros dados sugerem que o uso de máscaras não afetou negativamente o desenvolvimento emocional das crianças. Mas o estresse pré-natal pode contribuir para algumas mudanças na conectividade cerebral. O quadro está evoluindo e muitos estudos ainda não foram revisados por pares.

As pesquisas de acompanhamento que ainda não foram publicadas registraram interações pai-filho em casa e descobriram que o número de palavras ditas pelos pais aos filhos e vice-versa nos últimos dois anos foi menor do que nos anos anteriores. A mesma pesquisa também suspeita que bebês e crianças pequenas não estão praticando tanto motor grosso quanto de costume porque não brincam regularmente com outras crianças ou vão a playgrounds.

Em partes da África Subsaariana — incluindo Etiópia, Quênia, Libéria, Tanzânia e Uganda — pesquisas sugerem que algumas crianças perderam até um ano inteiro de aprendizado. E nos Estados Unidos, após o primeiro confinamento, um relatório da empresa de consultoria McKinsey sugeriu que os alunos negros começassem a estudar no outono três a cinco meses atrás na aprendizagem, enquanto os alunos brancos estavam apenas um a três meses atrasados. No Brasil infelizmente, ainda não há pesquisas na área que tenham relatado quais os maiores déficits encontrados, mas, como fonoaudiólogos, sabemos que a situação do país já nao é das melhores, o que influencia no agravamento das nossas crianças.

E você? Percebe esse atraso no seu consultório?

Em conversa com alguns pediatras, todos relatam que seus bebes de pandemia estão em acompanhamento com fisioterapia, se não todos, pelo menos 80% deles.

Espero que juntos, possamos vencer esses gaps!


Aproveite e se inscreva no nosso webnário, que acontecerá dia 10/02/2022, as 19:30. Esperamos você lá.

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